Pode sim.
Mas não é igual passar herança no jogo do Banco Imobiliário.
Outro dia, atendi um rapaz que chegou dizendo:
“Dra., meu pai quer colocar a casa no meu nome. Já pode chamar o cartório?”
Respirei. Sorri. E respondi:
“Calma, que antes de sair passando chave, tem lei pra respeitar.”
Doar um imóvel é possível, bonito até. Mas também é um ato jurídico cheio de detalhes. E quando essa casa faz parte da história da família — ou do futuro dos herdeiros —, o cuidado precisa ser ainda maior.
Aqui vão alguns pontos que ninguém te conta:
📌 Seu pai pode doar, desde que respeite os outros herdeiros. Se você tem irmãos, a doação precisa considerar a chamada legítima — metade do que ele possui deve ser reservada para dividir entre todos os filhos.
📌 Tem que ser feita por escritura pública, com impostos pagos e tudo certinho no cartório. Nada de “só passar pro seu nome”.
📌 É possível incluir cláusulas que protegem o imóvel:
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Seu pai pode continuar morando na casa (usufruto vitalício);
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A casa pode ficar bloqueada para venda ou penhora (inalienabilidade e impenhorabilidade);
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Dá até pra garantir que ela volte ao patrimônio da família caso algo aconteça.
A questão não é se ele pode, mas como fazer isso sem deixar brecha pra confusão no futuro.
Então, se seu pai quer te dar a casa onde vocês viveram tantas histórias, que seja um presente bem feito — e não um problema embrulhado com fita.
📲 Me chama aqui no WhatsApp e eu te explico direitinho como tornar essa doação válida, segura e justa pra todo mundo.
Porque proteger o que é da família… também é um ato de amor.
